Ao completar um ano na cadeira de diretor-geral brasileiro de Itaipu, Luiz Fernando Vianna anunciou que vai deixar a usina no próximo dia 5 de abril. Ele irá assumir um cargo no Grupo Delta Energia.
A partir de agora, começam as especulações em torno de quem comandará a estatal e seu orçamento bilionário. No caso de Vianna, que foi diretor-presidente da Copel, a indicação partiu do governador Beto Richa (PSDB).
Se o presidente Michel Temer (PMDB) mantiver o critério, caberá à vice-governadora Cida Borghetti (PP) escolher o substituto, uma vez que ela deverá ser a chefe do Executivo estadual a partir de 7 de abril, quando Richa renunciar para ser candidato ao Senado.
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E quando se diz Cida, entenda-se Ricardo Barros (PP), marido dela e ministro da Saúde. Principal articulador da candidatura da esposa, a chance de indicar o diretor-geral da Itaipu – e gerir uma estrutura gigantesca − cairá como uma luva no momento em que ele tenta conseguir o maior número possível de aliados para a eleição de outubro.
A indicação, no entanto, não poderá ser estritamente política como em outros tempos. Em virtude da Lei das Estatais, de junho de 2016, é vedada a nomeação para a diretoria de empresas públicas “de pessoa que atuou, nos últimos 36 meses, como participante de estrutura decisória de partido político ou em trabalho vinculado a organização, estruturação e realização de campanha eleitoral”.
Nada que impeça Barros de usar essa nova carta na manga para pavimentar o sonho de conquistar o Palácio Iguaçu.
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