O eleitor paga não só os salários e benefícios dos parlamentares. Paga também para que eles não tenham de botar a mão no bolso e gastar seu mísero salário de R$ 33 mil. Para comer, por exemplo, os deputados têm o direito de recorrer mais uma vez à bolsa do contribuinte.
Em 2017, os 30 deputados federais paranaenses e seus suplentes consumiram nada menos do que R$ 90 mil em calorias pagas por impostos. Esse é o valor que, segundo o site da Câmara, foi ressarcido a eles mediante a apresentação de notas fiscais.
O maior gasto veio de Zeca Dirceu, do PT, que torrou pouco mais de R$ 22 mil com sua própria alimentação durante o ano. Média de quase R$ 2 mil por mês. Em março, por exemplo, o deputado gastou R$ 249 numa refeição no Red Lobster do aeroporto de Brasília, incluindo R$ 165 num prato chamado “Ultimate Feast” e R$ 67 num prato de camarões.
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O segundo lugar em gastos com alimentação foi Rubens Bueno, do PPS, com mais de R$ 14 mil em ressarcimento por alimentação. Nas notas fiscais, há cafés da manhã por R$ 49, bacalhaus a R$ 145 e taças de vinho tinto a R$ 18 (embora no caso do álcool, o valor não seja reembolsado).
O terceiro lugar ficou com Leopoldo Meyer, do PSB, que ainda manteve média acima de R$ 1 mil por mês com alimentação.
O deputado que menos gastou com o item foi Ênio Verri, do PT. Segundo o site da Câmara, foram apenas R$ 78 ao longo dos 12 meses.
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