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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) aproveitou a crise na educação, com centenas de alunos ocupando escolas contra seu fechamento, para mudar o comando da área. Quem foi o escolhido? José Renato Nalini, até recentemente presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo.

Nalini ficou famoso no ano passado em todo o país devido a uma declaração que deu sobre o auxílio-moradia dos juízes. Depois de o benefício de R$ 4,5 mil ter sido concedido a todos os magistrados do país (independente de precisar comprovar que o dinheiro foi gasto com moradia), Nalini deu uma entrevista explicando os motivos do benefício.

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Na entrevista, Nalini disse que os juízes precisavam do dinheiro extra porque não dava para ir a Miami toda hora para comprar terno. Veja os principais trechos do que ele disse à época:

“Esse auxílio-moradia na verdade disfarça um aumento do subsídio que está defasado há muito tempo. Hoje, aparentemente o juiz brasileiro ganha bem, mas ele tem 27% de desconto de Imposto de Renda, ele tem que pagar plano de saúde, ele tem que comprar terno, não dá para ir toda hora a Miami comprar terno, que cada dia da semana ele tem que usar um terno diferente, ele tem que usar uma camisa razoável, um sapato decente, ele tem que ter um carro.

Espera-se que a Justiça, que personifica uma expressão da soberania, tem que estar apresentável. E há muito tempo não há o reajuste do subsídio. Então o auxílio-moradia foi um disfarce para aumentar um pouquinho. E até para fazer com que o juiz fique um pouquinho mais animado, não tenha tanta depressão, tanta síndrome de pânico, tanto AVC etc

Então a população tem que entender isso. No momento que a população perceber o quanto o juiz trabalha, eles vão ver que não é a remuneração do juiz que vai fazer falta. Se a Justiça funcionar, vale a pena pagar bem o juiz.”

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