A presidente Dilma tem feito a coisa certa ao dizer que não abrirá concessões na área de direitos humanos. Por muito tempo, o Brasil fechou os olhos a irregularidades em outras nações para manter bons contatos e fazer boas vendas.
Isso está errado. Não podemos negociar com ditaduras. Ou, no mínimo, temos de dizer claramente que nos opomos a governos ditatoriais.
Dilma foi clara em relação ao caso Sakineh. E neste fim de semana pela primeira vez mostrou que não considera a Cuba dos Castro acima do bem e do mal. Mas ainda foi moderada demais no comentário.
“Em Cuba prefiro dizer que existe um processo de transformação e acho que todos os países deveriam incentivar esse processo… Não tenho nenhum problema em dizer que algo está ruim por lá, ou aqui também, porque nós não somos um país que não tem dívidas com os direitos humanos; nós as temos.”
Não existe isso. Ou o país respeita os direitos humanos ou não respeita. Se Cuba é uma ditadura, deve ser denunciada pelo Brasil, sem concessões ideológicas.
Por outro lado, uma perguntinha.
Se a presidente será intransigente com erros na área de direitos humanos, como ficam as cadeias no Brasil?
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