Oficina de Música: 1,8 mil alunos por ano. Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo.| Foto:
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A transição da prefeitura de Curitiba põe em risco a realização da Oficina de Música da cidade, um evento que acontece anualmente, sem interrupção, desde 1983. O prefeito eleito, Rafael Greca, diz que não há dinheiro provisionado e que a prioridade é investir em saúde.

O evento, marcado para 7 a 29 de janeiro, é o mais tradicional da cidade e um dos maiores do gênero no país. Marino Galvão Jr., presidente do ICAC, órgão responsável pela Oficina, conta qual é a situação atual do evento.

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Qual é a situação financeira da Oficina para 2017?

A Oficina tem orçamento previsto de R$ 1,7 milhão. Isso deveria ser pago pela Fundação Cultural para o ICAC em duas parcelas de R$ 892 mil. Mas a primeira parcela, que vencia em outubro, não foi honrada. Isso aconteceu depois de uma redução significativa dos custos. Originalmente, a Oficina estava com custo previsto de R$ 2 milhões.

Qual é a proposta para evitar o cancelamento do evento?

Propusemos a semana passada que a atual gestão pague R$ 480 mil e deixe R$ 820 mil pára a futura gestão. O restante nós conseguiríamos com receita própria do evento, com Lei Rouanet etc. É uma solução parecida com a de 2013, quando o Fruet assumiu a prefeitura como sucessor do Ducci.

Há uma ideia de transferir o evento para o fim do ano. Isso é possível?

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Seria muito complicado. Como a PUC reservaria os prédios durante 25 dias durante época de aulas? Como os professores de fora viriam quando não estão de recesso? Tem a questão das passagens aéreas, que já foram pagas. É muito complicado mudar tudo a essa altura do campeonato. E tem que pensar nos 1,8 mil alunos. Porque não é um festival de música, apenas. A essência do evento é a parte pedagógica.

Como está a situação financeira do ICAC?

Até agosto, recebíamos R$ 684 mil por mês. Desde setembro, o repasse foi reduzido para R$ 420 mil mensais. Isso é para manter a Camerata Antiqua, a Capela Santa Maria, o Conservatório de MPB e o projeto Curitiba Lê, que tem 35 funcionários. Mas não há salários atrasados.

Leia mais: O cancelamento da Oficina de Música de Curitiba, artigo do maestro Osvaldo Colarusso

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