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O governador Beto Richa (PSDB) jamais admitiu que sua intenção ao nomear Ezequias Moreira para um pouco útil cargo de secretário especial de Cerimonial fosse livrar o amigo e companheiro político de uma condenação judicial. Fosse ou não o objetivo, o fato é que realmente funcionou para isso: Ezequias está há três anos no cargo e continua sem ser julgado.

Ezequias é réu no caso da sogra fantasma. Admitiu inclusive que usava mesmo o nome da sogra para para receber indevidamente salários da Assembleia Legislativa. No cível, o secretário já devolveu meio milhão de reais para compensar os danos ao erário. No criminal, quando estava à beira de ser julgado, Richa deu uma de deus ex-machina e promoveu-o a secretário. Como foro especial.

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Desde lá, o caso vem se arrastando no Tribunal de Justiça. Foram necessários onze meses só para que o TJ confirmasse que o caso sairia mesmo do primeiro grau para ser julgado no órgão especial. Depois, mais dois anos e ainda nada de julgamento. O Ministério Público pediu onze anos e oito meses de cadeia para Ezequias. Se for condenado, ele também perde o cargo – promessa de Richa.

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