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Tem sido recorrente o prefeito Gustavo Fruet (PDT) dizer em eventos públicos que não há casos conhecidos de corrupção e desvio de conduta em sua gestão. Recentemente, numa inauguração, emendou a frase com um “E ai de quem for por esse caminho”, numa promessa implícita de combate aos “malfeitos”, como diz a presidente Dilma.

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Na semana passada, segundo registrou a coluna de Reinaldo Bessa, o prefeito, que não é muito disso, subiu de tom: “Eu não tenho parente preso nem assessor envolvido na Lava Jato”, disse em um evento da prefeitura. O parente preso era óbvia referência a Luiz Abi Antoun, parente do desafeto Beto Richa (PSDB). O assessor da Lava Jato? Façam suas apostas.

Fruet tem dois bons motivos para insistir nessa tecla. Pirmeiro, porque realmente nesse momento em que a população está furiosa com atos de corrupção, não ter nenhum sobre sua cabeça pode de fato ajudar nas eleições. E ele, até agora, não teve muito com que se preocupar nesse sentido.

Segundo, porque obviamente Fruet está com problemas para a disputa de 2016. Não só por ter pouco para mostrar (e a ausência de corrupção não é exatamente um grande feito) mas também porque o partido que mais lhe deu apoio em 2012 é justamente o PT. O PT da Lava Jato que Fruet mencionou. O PT que a população tem associado à corrupção como nenhum outro partido.

Os adversários sabem disso, conhecem o calcanhar de Aquiles do prefeito, e vão tentar acertá-lo. Ducci tem feito papel de oposição a Dilma. Francischini, nem se diga. E candidatos já falam nos bastidores até em tentar implicar o dinheiro do PT na campanha de 2012 em Curitiba à Lava Jato. Se têm provas ou não, veremos. Mas a simples menção a isso na campanha pode ser um fator importante.

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