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Gustavo Fruet sempre foi aliado de Beto Richa. No Congresso, virou uma liderança do PSDB. Na eleição, fez mais de 2 milhões de votos. E despontou como um possível candidato à prefeitura de Curitiba.

Todo mundo imaginava, portanto, que Beto Richa lhe daria, no mínimo, uma das secretarias mais importantes do governo. Isso aumentaria o capital político dos dois e prepararia uma nova liderança do partido para eleições futuras.

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Agora, quatro dias antes de sua posse, Beto já formou toda a equipe, deixou apenas uma secretaria para Fruet e lhe deu um ultimato: é essa ou não é nada. E Fruet, ao que se sabe, já havia dito “não” anteriormente para essa secretaria, que é a de Ensino Superior, Ciência e Tecnologia.

Tudo indica, portanto, que Fruet pode mesmo ficar sem mandato e sem cargo no governo. A pergunta a ser feita, nesse caso, é: por quê?

Ninguém diz com todas as letras. A principal suspeita, no entanto, recai na eleição de 2012. Fruet quer ser candidato. E Beto já teria um acordo com seu ex-vice, Luciano Ducci. Os dois são bastante próximos: para se ter uma ideia, Ducci nomeou dois parentes de Beto nos últimos dias: a tia de Fernanda Richa, Maria Cristina Andrade Vieira e o filho mais velho de Beto, Marcello.

Se for essa a intenção, de sufocar uma candidatura de Fruet, Beto estaria fazendo com o deputado o mesmo jogo que Requião já fez com o mesmo Fruet oito anos atrás, impedindo que lhe fizesse sombra no PMDB.

Ao ser boicotado por Requião, Fruet foi para o PSDB. Se for mesmo boicotado por Beto, fará o quê?

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