Na gestão de Clayton Camargo, as atribuições da vara foram distribuídas por todas as 14 varas criminais de Curitiba. O que antes ficava centralizado (como as autorizações para escutas e o controle dos inquéritos policiais) passou a ser feito por diferentes juízes.
Há quem diga que a decisão foi baseada em critérios pessoais: Clayton Camargo tinha problemas com o juiz titular da vara, Pedro Corat. Como não podia removê-lo (a lei não permite), retirou poder dele tirando suas atribuições.
Agora, o Órgão Especial do TJ decidiu por unanimidade fazer a retomada do esquema anterior, com duas varas exclusivas de inquérito. E para o trabalho foi designado novamente o mesmo Corat. “Ás vezes o pessoal só dá valor para um trabalho quando vê como ele faz falta”, diz o juiz.
A vara deve estar operacional já no mês que vem. No entanto, antes terão de ser tomadas várias medidas. Entre elas, reorganizar toda a papelada: caminhões, literalmente, de processos e inquéritos foram retirados da vara, no Santa Cândida, e levados para um depósito em Pinhais e para as 14 varas criminais. Agora, os funcionários terão de fazer todo o trabalho inverso de volta. Coisas da burocracia brasileira.
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