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Gustavo Fruet vai ser cobaia de uma experiência que os cientistas políticos locais olharão com curiosidade. Aceitou o apoio de Jaime Lerner.

Lerner cumpriu três mandatos na prefeitura de Curitiba. Depois do terceiro, ainda tinha a moral alta: do calçadão da XV ao Jardim Botânico, era elogiado pelo urbanismo, pela visão de cidade. Criou os expressos e a Rua 24 horas. Botou a cidade no mapa.

Depois, assumiu o governo. Desastre total. A venda do Banestado, enxovalhado por empréstimos impagáveis, vendido a preço de banana, horrorizou muitos. A tentativa de privatizar a Copel tornou-o persona non grata na política local.

Passou pelo ostracismo. Ninguém queria mais ser lernista. Na eleição de 2010, chegou a distribuir certificados de não-lernista a Osmar Dias e a Beto Richa. Abandonou a política.

Eis que agora diz que apoia Fruet. E Fruet aceita. E elogia o prefeito… Teria cometido um ato impensado? Lerner provavelmente não adicionará um único voto a Fruet. E ainda poderia tirar.

No entanto, não parece ser o caso. Os quatro principais candidatos fizeram do horário eleitoral gratuito uma grande sessão nostalgia.

Ratinho falava em “recuperar a genialidade do Ippuc”. Falará mal de Lerner agora?

Rafael Greca relembrava da Curitiba dos anos 1990 como se fossem os anos dourados. Criticará seu professor?

Luciano Ducci era o herdeiro do grupo político. Beto ou ele falarão mal do lernismo?

Sobrará, para criticar o arquirrival antigo, o senador Roberto Requião. Resta saber qual dos dois, hoje, tem rejeição maior. O tempo dirá.

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