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A deputada Maria Victoria (PP) escreveu um texto defendendo a decisão de seu pai, o deputado federal Ricardo Barros (PP) de cortar R$ 10 bilhões do orçamento de 2016 dedicados ao Bolsa Família. Barros, que é relator geral do orçamento do ano que vem, anunciou que vai manter o corte, apesar das várias reclamações, inclusive da presidente Dilma Rousseff (PT).

O artigo de Maria Victoria, publicado em um blog, apela para a velha analogia do “dar o peixe e ensinar a pescar”.

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“O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome afirma que 72% da população adulta beneficiada pelo Programa possui renda declarada, seja com emprego de carteira assinada ou com trabalho no mercado informal. O cartão Bolsa Família funciona como complemento de renda, ou seja, é demagogia dizer que as pessoas beneficiadas voltarão à miséria.”

A deputada também afirma que só quem sairia perdendo com a redução do programa seriam os políticos petistas:

“Significa somente que o PT perderá parte de seu eleitorado, amarrado e costurado por assistencialismo, populismo puro. Ao invés de dar condições dessas pessoas se capacitarem profissionalmente, e assim, caminharem com as próprias pernas, o Governo faz com que elas fiquem na dependência de tal benefício.”

O texto foi prontamente respondido via redes sociais pela primeira-dama de Curitiba, Márcia Fruet, que é presidente da Fundação de Ação Social de Curitiba (FAS)

“Escrevi um textão, na esperança de que essa moça pudesse entender a importância da complementação condicionada de renda, da permanência das crianças na escola, da possibilidade de acesso aos programas de profissionalização, como o Pronatec, da dignidade de escolher o que comer e não aceitar, sem opção, uma cesta básica. Mas, depois deste texto raso, sem conteúdo, sem argumento, recheado de lugares-comuns, estou convencida de que seriam palavras jogadas ao vento. Ou seja: a indignação venceu minha esperança!

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Marcia termina sua postagem citando o ex-presidente uruguaio Pepe Mujica. “Dizem que temos que ensinar a pescar, não dar o peixe. Mas, quando já lhes tiraram o anzol, o barco, a vara, é preciso, sim, dar o peixe.”

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