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No segundo mandato, governo de Richa dá guinada para a direita
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Richa-Justus

Richa com representantes do DEM: governo mais à direita.

Quase ninguém no Brasil gosta de se assumir de direita. Ou, pelo menos, isso era verdade até bem pouco tempo atrás. Agora, com o PT no poder, começaram a surgir mais frequentemente mais pessoas dispostas a bater no peito e dizer que são, sim, de direita

É possível que o governador Beto Richa nunca dissesse, se questionado, que se considera como alguém de direita. Lógico que os petistas sempre tentaram lhe impor esse selo, até para criar a diferenciação necessária no processo eleitoral. Filho de um fundador do MDB, Beto talvez não se veja como sendo alguém do campo oposto ao do velho José Richa.

No entanto, é notável como o novo governo de Richa deu uma guinada à direita, pelo menos na composição do secretariado. Alguns nomes do PMDB e do PSDB deixaram pastas importantes, e ganharam espaço alguns ruralistas e a família Barros, entre outros.

Na educação, por exemplo, a mudança parece clara. Flávio Arns, quadro do PSDB que já chegou inclusive a ser senador pelo PT, foi substituído por um “gestor” conhecido por ajudar no processo de privatização das teles no governo FHC. Enquanto isso, o próprio Arns foi rebaixado à Secretaria de Assuntos Estratégicos.

A Cohapar, que antes era dirigida por um técnico, Mounir Chaowiche, ficou com Abelardo Lupion, o mais típico integrante da direita ruralista no Paraná. Na Fazenda, entrou um técnico do tipo linha dura, dedicado a fazer cortes de gastos. Na Casa Civil, mais um ruralista clássico, Eduardo Sciarra, do PSD.

Na Segurança Pública, Fernando Francischini (SD) assumiu com um discurso da “lei e da ordem”, da linha dura, querendo até devolver à cadeia os que já estão nas ruas.

O PMDB, talvez o partido menos à direita da composição de Richa a participar do secretariado do primeiro mandato, junto com PPS e com PSDB, ficou a ver navios. Ao PPS, restou a minguada Secretaria de Esportes.

E os Barros, conhecida por posturas à direita principalmente no que diz respeito a temas de família, ganharam dois cargos importantíssimos: a vice-governadoria e a secretaria de Planejamento. Não é pouco.

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