
É hora de falar da nova Câmara de Curitiba. Os eleitos em outubro tomarão posse no ano que vem e passarão quatro anos no mandato. Mas também é hora de fazer um balanço do mandato que vai acabando. Até porque 24 dos 38 vereadores se reelegeram e já sabemos quem são e como se comportam.
A atual legislatura, com fim programado para janeiro, trouxe boas notícias; os presidentes foram muito mais éticos do que os de mandatos anteriores, por exemplo. Cortaram-se cargos, houve mais transparência.
Mas a atuação de alguns vereadores causou polêmica, e chegou a irritar até os próprios colegas de Câmara. Lembre por quê:
Vereador rasga documento
Na disputa pela presidência da Câmara, no finalzinho de 2014, valeu de tudo. Teve empurra-empurra, gente tirando computador da tomada para não permitir inscrição de chapa e até um vereador que rasgou o papel com a assinatura dos membros da chapa adversária.
Projetos bizarros
Os projetos da legislatura incluíram até a tentativa de dar o nome de uma cachorra falecida para uma rua. Quando os colegas reagiram dizendo que a lei não permitia, o próximo projeto foi um que permitia dar nome de ruas a cachorros. Um dos vereadores chegou a ir ao Twitter desabafar que assim não dava.
Operação tartaruga

Na tentativa de prejudicar a prefeitura, dois dos vereadores de oposição se revezaram na tribuna para comentar por 20 minutos cada uma das centenas de emendas ao orçamento de 2016. Paralisaram o trabalho da Câmara por dias. A coisa só andou quando eles saíram do plenário para dar entrevista sobre o tema e os colegas aprovaram centenas de emendas de uma vez só.
Galdino
O vereador Galdino, famoso na cidade por sua música e sua bicicletinha, conseguiu comprar briga com vários colegas. Disse que um deles o havia empurrado no plenário (não foi verdade, ele se jogou) e ficou mirando a câmera de sua TV Galdino para os outros até irritá-los.
De quem é esse voto?
Dois vereadores foram pegos votando por outros em plenário. Um deles, Valdemir, acabou forçado a renunciar o mandato. O outro, Chicarelli, responde a sindicância.
Chico e o pagamos para trabalhar
Chico do Uberaba ficou famoso quando disse em uma sessão que os vereadores não recebiam apoio suficiente da Câmara para fazer seu trabalho social. “Pagamos para trabalhar”, disse ele. Na campanha deste ano, muita gente brincou nas redes sociais que era preciso ajudá-lo a não perder mais dinheiro. E, realmente, ele não se reelegeu.
Racismo
Um dos vereadores foi levado a Conselho de Ética por ter feito uma piada sobre negros na frente dos colegas – especificamente, na frente do único vereador negro da cidade.
Homofobia
Os vereadores da bancada evangélica atuaram duramente contra qualquer projeto que trouxesse direitos a homossexuais. Chegaram a obrigar a prefeitura a tirar do Facebook um post que comemorava a possibilidade do casamento gay.
Assédio sexual
O vereador Galdino foi levado à Delegacia da Mulher acusado de ter atacado sexualmente, dentro da Câmara, a colega Carla Pimentel.
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