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O corte de 10 ministérios ajuda Dilma ou dificulta a negociação com os aliados?
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A presidente Dilma Rousseff mal anunciou o corte de 10 ministérios e já apareceram as críticas: principalmente, por enquanto, lembrando que durante a campanha ela considerou a proposta de Aécio Neves (PSDB) de reduzir a quantidade de pastas, dizendo que era um erro tecnocrático.

Mas esse – de parecer que está voltando atrás em uma opinião – pode não ser nem longe o maior problema da presidente com o anúncio. Primeiro, é preciso reconhecer: trata-se de uma rara medida “positiva” anunciada no atual mandato. Ou, pelo menos, de algo que pode ser vendido para a população como um avanço, como prova de que o governo não é surdo e estaria tentando não ser o paquiderme caríssimo que consome o nosso dinheiro.

O problema principal da proposta é que Dilma, com pastas a menos, terá menos a oferecer para os seus aliados. Justamente num momento delicado em que precisa de apoio no Congresso até mesmo para poder permanecer no mandato. Recentemente, PDT e PTB já chegaram a dizer que, com o andar da carruagem, estavam juntando as coisinhas e indo embora.

Claro que 29 ministérios ainda é bastante coisa. E, provavelmente, quando sair a lista dos “cortes”, ela atingirá mais pequenas secretarias que já pertencem ao PT, como as de Direitos Humanos, Igualdade Racial, Direitos da Mulher. Todas, imagina-se, ficarão no Ministério da Justiça e só perderão o status de ministério. Fusão de pastas grandes é improvável. Mas aí, se não se tirar nenhuma estrutura importante, ficará evidente que só o que se queria era uma manchete positiva que, no fundo, muda coisa nenhuma.

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