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A saída de Demóstenes Torres dá mais uma pancada no enfraquecido, já quase desacordado Democratas. Há tempo o partido vem caminhando para o naufrágio.

Lembrando: o DEM surgiu como PFL. Era uma ala do PDS, da antiga Arena, que não quis mais ficar no partido após a derrocada da ditadura. Passaram a ser “liberais” e continuaram perto do poder.

Nos governos de Sarney até Fernando Henrique, ficaram perto dos governantes. Tiveram o vice de FHC, Marco Maciel, nos dois mandatos. E ficaram por cima até a eleição de Lula.

O PFL sabia que nunca teria chance de conseguir a Presidência no Brasil atual: a direita, que representa, tem votos insuficientes para isso. Preferiu apostar em ter cadeiras suficientes no Legislativo para conseguir pressionar os governos.

O enfraquecimento da oposição na era Lula fez com que o PFL diminuísse. Precisou até trocar de nome, para Democratas, para tentar sobreviver. Mas veio o golpe de Gilberto Kassab, que saiu e levou muita gente com ele para o oportunista PSD.

O que restou do partido era a tentativa de vender uma imagem séria de partido confiávbel de centro-direita. Demóstenes quase afuna esse projeto. Saiu a tempo de não afundar o partido com ele.

Resta aos navegantes tentar dizer que jogam ao mar os corruptos, que sobram apenas os bons. Mas, convenhamos, depois de Arruda, de Demóstenes, de Agripino Maia etc, o discurso fica cada vez mais difícil.

Será que alguém fica com esse papel de centro-direita agora? O PSDB ocupará o espaço com alas mais direitistas? Algum outro partido surgirá? Ou a direita está fadada a um ostracismo temporário na política brasileira?

Só o tempo dirá.

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