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O lobby do tabaco pode ter enrolado a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A consulta pública para decidir sobre os aditivos colocados no cigarro tem tudo para terminar com uma estranha exceção à adição de açúcar.

Estudos internacionais mostram que os aditivos, incluindo o açúcar, causam danos graves à saúde quando queimados juntos com o cigarro. O Brasil, inclusive, é parte de um acordo de países que se comprometeram a proibir essa adição.

No entanto… Os lobistas do tabaco bateram pé durante toda a consulta pública, afirmando que um tipo de fumo produzido especialmente na Região Sul, o burley, é intragável sem a adição de açúcar.

Sem o aditivo, o produto não venderia. E os produtores ficariam perdidos, sem sua renda. Por isso, apesar de fazer uma resolução que proíbe os outros materiais, a Anvisa decidiu dar mais um ano para estudar o caso do açúcar em separado.

Tem toda cara de enrolação. Até porque a própria Anvisa tem registradas cinco marcas de cigarro que não têm adição de açúcar e continuam vendendo mesmo assim (ou os produtores mantêm a produção de um produto que está sempre encalhado, vá saber).

A resolução que resultou da consulta pública já foi redigida e vai a votação na Anvisa no próximo dia 14.

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