Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo.| Foto:

Apesar de negociar uma possível aliança – ou até mesmo a migração – para o PSB, partido historicamente ligado a Beto Richa (PSDB), o ex-senador Osmar Dias (PDT) parece ter assumido definitivamente o discurso de candidato de oposição ao atual governador. Ao comentar o início das obras de duplicação da BR-369, no Norte do estado, o pedetista classificou a medida de Richa como “deboche”.

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Na última sexta-feira (23) pela manhã, o tucano assinou a ordem de serviço para o começo dos trabalhos na rodovia, num trecho de 35 quilômetros entre Jataizinho e Cornélio Procópio. Dois dias antes, ao ser questionado se tinha conhecimento da solenidade em uma entrevista à Rádio Graúna, de Cornélio Procópio, o parlamentar não economizou na ironia.

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“Você está me falando a verdade mesmo? Isso só pode ser deboche. Depois de ter passado sete anos no governo, lançar pedra fundamental agora? Algum caminhão, algum carro vai passar nessa pedra fundamental?”, indagou Osmar. “O governador está há sete anos no cargo. Ele não cobrou que se fizesse essa duplicação durante o mandato dele por quê? Nós temos de ter seriedade e respeito com a população. As pessoas querem ver a duplicação, nada de pedra fundamental, principalmente no último ano de governo.”

Na sequência, como já havia dito em sabatina na Gazeta do Povo, o ex-senador criticou os atuais contratos do pedágio e defendeu uma nova licitação em 2021, quando vencerão as concessões do Anel de Integração. “Esse pedágio − não só dessa rodovia − foi muito mal feito. Um contrato escondido, com preço escandaloso. Isso precisa ser totalmente revisto. Então, pelo amor de Deus, vamos falar sério. Licitação em 2021, sem conversa de prorrogação de contrato, porque isso também é deboche com a população.”

Também na sabatina da Gazeta do Povo, Osmar afirmou que aceitaria o apoio de Richa na disputa pelo governo do estado em outubro, mas desde que seja do jeito dele. “Quero o apoio do Requião? Se ele quiser me apoiar, se o Beto quiser me apoiar, por que não? Agora, não vou receber [apoio] para fazer o que ele [Richa] está fazendo. Tem que ser do meu jeito.”