Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo.| Foto:

Com informações de Euclides Lucas Garcia:

CARREGANDO :)

Osmar Dias (PDT) desistiu de concorrer ao governo do Paraná. O ex-senador confirmou a renúncia à candidatura no fim da manhã desta sexta-feira.

A desistência provavelmente levará a disputa a ser decidida no primeiro turno. Os dois principais candidatos, Ratinho Jr. (PSD) e Cida Borghetti (PP), pensam que os votos dos demais candidatos não serão muitos e que, portanto, a briga será apenas entre eles, com Ratinho saindo muito na frente.

Publicidade

Osmar desiste depois de recusar o apoio do MDB e ver sua coligação minguar. O movimento do irmão, o presidenciável Alvaro Dias (Podemos), de se aliar com Ratinho Jr., parece ter sido o golpe decisivo na candidatura. Alvaro se coligou ao PSC. Acusado de traição ao irmão, chamou a crítica de provincianismo.

Leia mais: Apesar de tudo, Beto Richa deve fazer o sucessor

Na carta em que anuncia sua renúncia, Osmar diz que não disputará a eleição para nenhum cargo neste ano. Imaginava-se que ele poderia tentar o Senado. Resta saber se ele apoiará alguém, mas inicialmente parece que não.

Desde o princípio, Osmar disse que só aceitaria alianças se fossem baseadas em programa de governo. E que não “lotearia” seu governo, entregando vice, estatais e secretarias como promessa para garantir apoios.

DESEJOS PARA O PARANÁ: Excelência em áreas essenciais

Publicidade

Terminou isolado, tendo apenas o pequeno Solidariedade a seu lado. Além de contar com pouco tempo de tevê (cerca de um minuto) e com pouco dinheiro para fazer a campanha, Osmar teria problemas pela falta de cabos eleitorais no interior: contaria com apenas dois deputados estaduais e dois federais a seu lado, contra os exércitos que apoiam Cida e Ratinho.

Na carta, Osmar diz que não se “vendeu”. “Não agrido minha consciência em troca de tempo de TV, ou de apoio com base em barganhas escusas ou apoios hipócritas”, diz o texto.

Quadro atual

Com a desistência de Osmar, o quadro da eleição fica mais ou menos definido, com quatro candidaturas principais. Além de Cida e Ratinho, o MDB lançou nesta semana João Arruda, sobrinho do senador Roberto Requião (MDB). E o PT lançou o nome de Dr. Rosinha (PT). Além disso, haverá, como sempre, as candidaturas menores.

Leia a carta de renúncia à candidatura

Publicidade

COMUNICADO AOS PARANAENSES

Reorganizar o Estado, acabar com o loteamento de cargos, romper com um modelo de governo em que impera o compadrio, a nomeação de pessoas sem qualificação, sem capacidade, libertá-lo dos vícios do patrimonialismo e combater com rigor a corrupção que contaminou as instituições públicas, recuperando o respeito e a confiança da população nas autoridades.

Coragem e determinação para isso foi o que demonstrei em toda minha caminhada.

Durante meses a fio lutei incansavelmente para construir uma frente política que não me deixasse só numa batalha desejada por toda a sociedade.

Encontrei muita gente, nas ruas e nas estradas, sintonizadas com essas ideias, exigindo que as mudanças sejam feitas para não permitirmos que o Paraná e o Brasil sejam empurrados para uma crise ainda mais profunda.

Publicidade

Mas percebi que o sistema político sem reformas não aceita na prática o discurso de mudança que todos os políticos pregam em época de eleição.

Por ingenuidade ou excesso de confiança acreditei que como eu os políticos de todos os partidos haviam compreendido o momento grave que estamos vivendo.

Não cedo jamais em valores e princípios. Aceito discutir e construir alianças políticas que sejam para atender o interesse público. Mas não negocio com o interesse público, não faço acertos perniciosos à sociedade para contemplar pessoas ou grupos políticos que não medem consequências nem custos para ter o poder e repartir suas benesses com amigos e parentes.

Não agrido minha consciência em troca de tempo de TV, ou de apoio com base em barganhas escusas ou apoios hipócritas.

Política não pode ser um jogo dominado por sentimentos e paixões negativas como vaidade, inveja, pensamento medíocre.

Publicidade

Não aceito fazer parte disso!

Prefiro preservar minha história de trabalho e ter dignidade e respeito à minha família e amigos e às pessoas que verdadeiramente gostam e acreditam em mim.

Por isso, comunico que não disputarei as eleições em 2018.

Peço a compreensão e o apoio a essa difícil decisão que é definitiva.

Agradeço sinceramente o carinho que sempre recebi dos paranaenses e, peço que Deus nos conceda suas bênçãos para que tenhamos um futuro melhor para o nosso Paraná.

Publicidade

Osmar Dias

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]