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Então, hoje à noite vem (ou não) a “bala de prata” prometida por Roberto Requião. Lembrando que o senador é pródigo em prometer e não entregar denúncias do gênero, como ocorreu em 2012: disse que teria 60 mil CDs com vídeos contra Luciano Ducci e, no fim, admitiu que era só “brincadeirinha”.

No caso contra Beto Richa a coisa parece mais séria. Requião está há mais de uma semana afirmando que irá detonar o governador. Diz que a “revelação” de hoje à noite “acabará com a carreira política” do adversário. Esperemos para ver. Mas, desde já, restam algumas questões.

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A primeira foi a pergunta feita por Paulo Bernardo: se Requião tem a bala de prata, por que não usou antes? Por que não usou, por exemplo, quando o PMDB estava prestes a pular o muro e ir para o lado do governador. Naquele momento, a própria candidatura de Requião estava ameaçada e ele sabia disso. Se tinha algo contra Richa, por que não usou?

A segunda é parecida: por que na última semana de campanha? A ideia talvez seja, nesse caso, contar que o abalo emocional causado pela denúncia, seja ela qual for, dure pelo menos cinco ou seis dias, o suficiente para se chegar à votação do próximo domingo. Como vimos com o trágico caso de Eduardo Campos, o voto decidido com base em forte apelo emocional não dura tanto. No caso de Marina Silva, ela explodiu nas pesquisas para, logo a seguir, começar pouco a pouco ver sua popularidade derretendo.

Mas pode ser também que a denúncia seja feita em cima da hora para evitar que seja apurada. Sabe-se que os jornais, caso haja a denúncia, se interessarão pelos fatos, e repórteres experientes podem confirmar ou não o que for dito. Mas esse tipo de pesquisa às vezes demora um pouco. E pode ser que só se publique algo sobre o assunto com mais consistência depois de domingo.

Tudo isso, claro, se explicará depois de Requião dizer a que veio. Mas que parece tudo muito estranho, isso parece.

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