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Quer saber quanto você vai pagar para entrar num ônibus da prefeitura de Curitiba? A resposta depende de vários fatores, mas principalmente de um deles: se for ano eleitoral, os governantes vão fazer de tudo para congelar a tarifa; se não, você que ande a pé mesmo.

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Nesta semana, por exemplo, Cida Borghetti retirou R$ 71 milhões sabe-se lá de onde e disse que vai entregar tudo para Rafael Greca, desde que ele congele a passagem. Bom para os dois, claro. O passageiro votaria muito mais irritado com uma tarifa perto de R$ 5.

O mesmo tinha acontecido em 2012: para eleger Luciano Ducci, Beto Richa tirou o talão de cheques público do bolso e deu R$ 64 milhões para o prefeito-amigo (nem assim conseguiu o milagre de reeleger a gestão depois do fiasco da Arena e da ponte estaiada).

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Nada contra subsídios para o transporte. O ponto é que o preço que o cidadão paga por um serviço essencial não pode estar subordinado ao interesse eleitoral do governante. Em 2013, por exemplo, quando um desafeto venceu a eleição em Curitiba, Beto simplesmente retirou o subsídio. Os curitibanos, já que não votaram no candidato dele, que se lascassem.

Não é justo nem ético que o passageiro seja tratado assim, com um casuísmo que afeta não só o bolso da pessoa: afeta também a sua cidadania.