A constatação de que os seis primeiros meses de Rafael Greca na prefeitura foram pífios parecem mais ou menos geral. Pesquisa de opinião pública mostra um índice de reprovação recorde para o primeiro semestre do prefeito. Na imprensa, até os veículos nacionais mostram as fraquezas da gestão, como se vê na reportagem de Estelita Carazzai para a Folha de S.Paulo.
Mais do que isso, o próprio Rafael Greca, que não é de se diminuir, já andou dizendo em entrevistas que estava “virando um Fruet” embora não desejasse isso. Como no vocabulário de Greca Fruet significa “inepto”, o prefeito estava admitindo o quanto andava lenta e decepcionante a sua própria gestão.
A situação é triste. Faltam remédios nos postos de saúde, as ruas estão em estado pior do que nunca, os moradores de rua se acumulam, não há dinheiro para pagar o reajuste do funcionalismo, a prefeitura cancelou o contrato com a usina que reciclava o lixo e diminuiu o número de agentes de saúde comunitários.
Tudo andava sendo colocado na conta da pindaíba municipal. Sem dinheiro, afinal, não se faz grandes coisas. Mas agora Greca conseguiu colocar a mão em várias boladas simultaneamente. Aumentou a cobrança da previdência, deve pôr no cofre os R$ 600 milhões da aposentadoria, logo aprovará a mudança do ITBI, atrasou até São Nunca os planos de carreiras dos funcionários…
Fato é que espremeu tudo o que podia, até o último caldinho, e agora terá de se virar com isso mesmo, a não ser que pretenda fazer um segundo pacotaço ou inventar alguma fonte mágica de receitas. Ou seja: agora é a hora de ver se era mesmo só isso que emperrava a prefeitura e se Greca começará, minimamente, a cumprir suas mirabolantes promessas de campanha.
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