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O mundo Ocidental todo hoje está dividido entre dois “caminhos” de governo. De um lado, há os que defendem uma participação maior do Estado: um governo mais ativo, maior, ainda que mais caro, mas que tenha um papel importante na diminuição das desigualdades sociais.

De outro lado, estão os que acreditam, como Ronald Reagan, que o governo (pelo menos um governo grande) “é parte do problema”. Para ter um Estado grande é preciso muitos impostos, acaba havendo interferência maior na vida dos cidadãos, e o mercado não funciona tão livremente quanto eles gostariam.

O Paraná não escapou a esse dilme. E tem oscilado entre os dois “jeitos de governar” a cada quatro ou oito anos.

Em 1991, Roberto Requião assumiu o governo pensando mais à esquerda do que seus antecessores. E puxou a brasa para a sardinha do estatismo.

Depois vieram dois governos de Jaime Lerner. E o Paraná partiu para o outro lado. Basta lembrar que o Banestado foi vendido (“não é função do Estado ser banqueiro”, dizia um secretáio), e a Copel quase que também acaba privatizada.

Voltou Requião, e de novo veio o estatismo. Briga com os sócios da Sanepar, encrenca com as empresas de pedágio, fim dos presídios com serviços terceirizados.

Agora, vem o governo de Beto Richa. E uma nova guinada com ele, rumo ao Estado menor. Privatizações ainda não houve. Mas o governo acaba de anunciar que pretende repassar parte dos serviços a organizações sociais.

A briga com as empresas de pedágio acabou, e já se fala inclusive em novas concessões. O modelo de agência reguladora, que serve justamente a estados que delagam funções, voltou a entrar em pauta.

O curioso é que, dessa vez, no entanto, o modelo do Estado pequeno não veio acompanhado por uma redução no custo do governo. Pelo contrário. Richa pede um empréstimo atrás do outro para financiar sua administração.

E mais curioso ainda: por que, afinal de contas, o eleitor paranaense não se decide entre um modelo ou outro?

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