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O governador Beto Richa (PSDB) está em sua terceira viagem internacional em um mês. Na primeira, foi para Cancún, a passeio. “Adiantou” dez dias de suas férias sem nem mesmo ter completado um ano no cargo.

Depois, foi à Argentina. Agora, vai a cinco países europeus, numa viagem que só se encerra no dia 3 do mês que vem. O problema não é a viagem em si, e sim a falta de uma agenda que a justifique.

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Em texto divulgado pela Agência Estadual de Notícias, o veículo oficial do governo do estado na internet, a informação é de que em Milão, onde o governador passa dois dias, por exemplo, a agenda, ainda será definida.

“[Richa] encerra a missão em Milão, onde o embaixador brasileiro Luiz Henrique Pereira da Fonseca prepara uma agenda na quinta e na sexta-feira”, diz o texto.

Milão é a única parada da comitiva (que tem deputados e empresários) na Itália. Se não há agenda, por que deslocar várias pessoas para um país, com custo para o estado? Ou há agenda e ela não é informada?

Algumas outras paradas da missão também têm justificativa bastante frágil. Veja por exemplo a explicação da viagem à Polônia:

“Na quinta-feira a missão segue para a Polônia. Em Polznan, Richa retribui visita do governador de Wielkopolska, Marek Wosniak, que esteve no Paraná em abril para obter informações sobre o esquema de segurança para os jogos da Copa do Mundo. A cidade, que fica na parte oeste do País, é uma das sedes das EuroCopa 2012. O grupo do Paraná também faz uma visita ao parque tecnológico e ao estádio local, na sexta-feira.”

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“No mesmo dia haverá um encontro com representantes do Museu de Agricultura de Szreniawa. Na pauta, a possibilidade de organizar uma exposição da agricultura paranaense no espaço. À noite, Richa participa de um jantar com o embaixador brasileiro na República Tcheca, George Prata, na sede da embaixada, em Praga.”

Precisa o governador do estado viajar a um país para conhecer um estádio de futebol? Ou para, quem sabe, marcar uma exposição agrícola? Um servidor de carreira não poderia fazer isso? Precisava ser levada toda uma comitiva de deputados? A que custo?

Tudo isso deveria ser respondido pelo governo, que precisa justificar melhor a ausência do governador e os imensos gastos que as viagens internacionais do gênero costumam trazer.

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