A campanha do governador Beto Richa (PSDB) trocou os pés pelas mãos ao falar da Petrobras no Facebook do candidato. Para dar uma noção de que o escândalo na estatal é antigo, a campanha de Richa decidiu usar artigo de Carlos Heitor Cony publicado na Folha de S.Paulo sobre o tema.
No texto, Cony fala que Francis, um jornalista “culto e bem informado”, havia muito tempo vinha batendo na tecla de que havia algo de errado na Petrobras. Quem acompanhou a carreira do colunista sabe: ele denunciou supostos esquemas multimilionários na empresa e foi processado pelos gestores da época. Ameaçado de perder valores altíssimos, entrou em depressão. Pouco depois, morreu.
Cony tem razão em dizer que a coisa na Petrobras parece vir de longe (embora dificilmente, nesse caso, lé tenha a ver com cré). Mas a campanha de Richa se atrapalhou (ou não conhece a história) e usou isso para mostrar que se trata de um antigo esquema petista. Não faz o menor sentido.
Francis morreu em 1997, cinco anos antes de Lula se eleger. E todos os supostos esquemas que ele denunciou na Petrobras eram da época de Fernando Henrique Cardoso, o único presidente do país até hoje eleito pelo PSDB. O mesmo partido de Richa…
Fica mal o governador ficar ligando esquemas da época tucana com Paulo Roberto Costa, não fica?
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