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Dois dos três senadores paranaenses foram contra a manutenção do regime de urgência para o projeto que muda as regras de exploração no pré-sal, que está sendo discutido em Brasília. O projeto, do senador paulista José Serra (PSDB), acaba com a obrigação de que a Petrobras comande os consórcios de exploração do petróleo nas camadas de pré-sal.

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O projeto tem oposição da esquerda e de setores nacionalistas do Congresso, que veem na proposta uma entrega do pré-sal a grandes empresas petrolíferas internacionais. Fazem uma espécie de nova campanha do “Petróleo é nosso”, como na época da fundação da Petrobras, no governo Getulio Vargas, seis décadas atrás.

Foi esse por exemplo o tom do discurso da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). “Além de implicar na nossa soberania, o tema também terá implicação nas áreas de saúde e educação, aumentando o risco ambiental. Não a entrega do pré-sal”, escreveu a senadora.

Roberto Requião foi o senador que mais falou sobre o assunto recentemente. “Os bandidos do mercado internacional do petróleo querem as nossas reservas. E o projeto do Serra quer entregar as maiores reservas mundiais conhecidas, que estão em nossa camada pré-sal, para esses bandidos”, afirmou.

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O único senador do Paraná que não participou da votação foi Alvaro Dias (PV). O senador também não se pronunciou sobre o tema nas redes sociais. Procurado pelo blog, não foi encontrado.

Os autores da proposta dizem que a Petrobras hoje tem déficit e não tem capacidade de explorar o pré-sal na velocidade que o país precisaria. E que a demora pode ser prejudicial. Além disso, dizem não ver problemas em exploração por empresas estrangeiras, que pagariam impostos e criariam empregos.

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