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O vereador Mestre Pop (PSC) registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil nesta terça-feira contra o também vereador Zé Maria (SD) por injúria racial. O caso começou com uma conversa entre os dois na Câmara Municipal durante a manhã. Mestre Pop também anunciou que entrará com procedimentos administrativos contra o colega dentro do Legislativo. Zé Maria nega que tenha cometido ato de racismo.

Veja mais: Vereador pede desculpas após ser acusado de racismo.

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A conversa ocorreu num local conhecido como Sala dos Vereadores, durante a sessão plenária. Estavam presentes quatro outros vereadores. Zé Maria diz que estavam todos falando sobre reeleição e que o tema era a maior facilidade que os evangélicos teriam. Neste momento, Mestre Pop teria entrado.

Zé Maria admite que “contou uma piada”. “Sabe por que preto entra em igreja evangélica? Para poder chamar o branco de irmão.” O vereador diria mais tarde que não imaginou que estaria ofendendo ninguém com o comentário. Mestre Pop, que é afrodescendente, porém, não viu a situação da mesma forma. “Ele fez duas vezes a pergunta, eu fiquei quieto. Aí ele deu aquela resposta. Ninguém riu, só ele”, disse.

O vereador do PSC diz que deixou a sala dos vereadores e voltou ao plenário. “Comecei a pensar no absurdo que ele tinha falado e cheguei às lágrimas”, disse Mestre Pop, que deixou o plenário chorando e foi para o gabinete do correligionário Tiago Gevert. “Eu não entendi o que estava acontecendo. Ele é meu amigo, a gente se dá bem, só vi que ele saiu do plenário enquanto eu estava na tribuna”, disse Zé Maria.

O vereador nega que tenha agido de maneira racista. “Minha madrasta é negra. Meu neto é negro. Sou amigo do Mestre Pop, sento do lado dele todo dia. Eu atendo crianças deficientes e nunca olhei para a cor de ninguém antes de estender a mão. Eu acho que alguém instigou ele a ver maldade no que eu disse”, afirmou Zé Maria, que disse ter precisado tomar calmantes depois da situação.

Mestre Pop diz que não se considera amigo do vereador. “Amigo não age assim, não usa o outro para rir”, disse. “Alguém com a formação dele, na situação dele jamais poderia falar uma coisa dessas”, afirmou.

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