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O vereador Zé Maria (SD) usou a tribuna da Câmara Municipal de Curitiba na manhã desta quarta-feira para se explicar e pedir desculpas ao colega Mestre Pop (PSC). Nesta terça-feira, Mestre Pop foi a uma delegacia e registrou queixa contra Zé Maria por injúria racial.

Em seu discurso, Zé Maria disse que “não houve maldade” no que ele falou e que ele apenas teria lido uma “piada” que lhe mandaram para o WhatsApp, sem imaginar que alguém se ofenderia com aquilo.

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A “piada”, lida na sala dos vereadores, na presença de quatro outros parlamentares, perguntava por que negros entravam para igrejas evangélicas. “Para poder chamar o branco de irmão”, completou Zé Maria.

Mestre Pop, que é afrodescendente, saiu da sala e, depois, deixou o plenário chorando, consolado por colegas. Mais tarde, foi à delegacia e registrou o boletim de ocorrência. O vereador também disse que levaria o caso à Comissão de Ética da Câmara.

“Estou chocado com tudo que aconteceu. Apenas mostrei uma piada que recebi pelo Whastapp. Não houve maldade”, disse o vereador. “Por isso, peço que ele me perdoe. Todos sabem da minha índole”, disse Zé Maria, que afirmou ter “acolhido” uma jornalista negra em seu gabinete e ter um neto “moreninho”, segundo o relato feito pela equipe de comunicação da Câmara via Twitter.

Mestre Pop disse que não foi o único a se sentir ofendido. “A atitude não agrediu só a mim. Agrediu a todos os afrodescendentes”, disse. “Eu só parabenizo Zé Maria por não ter mentido sobre sua atitude nas entrevistas que deu à imprensa”, afirmou. “Quero que me respeitem como ser humano”, disse o vereador.

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