Ricardo Pozzo| Foto:

* Duas vezes por ano cometo alguma poesia.

CARREGANDO :)

Desculpe-me.

 

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Às vezes se passa comigo

Espero não aconteça com você

Minha querida

Uma vontade derradeira de voltar com a ex

 

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Pode ser uma primeira uma segunda

Terceira ex-mulher

É apenas a condição em espécie de querer ser

Um passado que se estarreceu

 

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Hoje a sensação ambígua

Indefinida como a tez do tempo

Surgiu logo depois das quatro

Num bom bar sem muito movimento

 

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Te observando em seu caminho

Seu amor sentado ao meu lado, uma estrada que talvez se firme

Pensei onde estará esta minha ontem mulher

Que um dia foi aqui e hoje é memorabilia

 

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Mas por que parou de falar com ela

Pergunta que se insurge entre um copo e um triz

Se ainda sente se ainda estranha quando

Alguém diz hoje ela poderia ter vindo mas não veio

 

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Desconverso sobre a ex

Pode ser que logo amanheça

E quando acordar-me de meu sono de raiz

Em riste me afirmarei diante da mulher anterior

E o pouco que restar se perderá com os minutos do dia

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Estabeleço assim em meu reino de rum e gim

Uma espécie de tristeza imperatriz

Sozinho me acalanto

Sem palavras conto até dez e encho o copo

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Boa noite minha querida