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centro-direita - eleições 2020
Com mais de 64% dos votos no primeiro turno, Bruno Reis, do DEM, mantém a centro-direita no poder em Salvador (BA).| Foto: Divulgação/Bruno Reis/Facebook

Das 100 cidades com maior número de eleitores do país, 42 elegeram prefeito no primeiro turno. Em outras 57 a decisão será no segundo turno. Macapá, capital do Amapá, teve as eleições adiadas. Dos municípios desse grupo que já conheceram o vencedor, os partidos de esquerda não conquistaram nenhum. Os maiores vencedores foram PSDB, MDB, PSD e DEM. legendas identificadas como de centro-direita.

Os tucanos, que têm como principal liderança atualmente o governador de São Paulo, João Doria, apesar de ter vencido em nove das 42 grandes cidades, só elegeu prefeito em duas pequenas capitais (Natal e Palmas).

O DEM, por outro lado, conquistou 5 dos 42 municípios, sendo três deles capitais: Salvador, Curitiba e Florianópolis. E ainda liderou a votação no Rio de Janeiro, segunda maior cidade do país.

O PSD, integrante do chamado centrão e base de sustentação do governo Bolsonaro, mas que se aproxima da centro-direita – o ministro Comunicações, Fábio Faria, pertence ao partido –, conseguiu eleger seis prefeitos de grandes centros, igualando já no primeiro turno o número que havia conquistado nos dois turnos em 2016. Duas cidades são capitais: Belo Horizonte (MG) e Campo Grande (MS).

O MDB, que atualmente governa 15 cidades entre as 100 maiores do país, elegeu em primeiro turno 8 prefeitos desse grupo de municípios, mas não venceu em nenhuma capital.

O resultado do primeiro turno mostra que o PSDB não repetirá agora em 2020 o desempenho que teve nas grandes cidades em 2016. Dos 100 maiores municípios, 28 estão atualmente sob comando dos tucanos.

O PSDB passou para o segundo turno em 11 grandes cidades. Mesmo que vença em todas elas, só governaria 20 dos 100 maiores municípios, oito abaixo do que tem atualmente. A grande vitrine é São Paulo, onde o tucano Bruno Covas não conseguiu liquidar a fatura neste domingo (15).

No campo da esquerda, que não elegeu nenhum prefeito de grande cidade no primeiro turno, a esperança se volta para a segunda volta. O destaque é o PSOL, que emerge das urnas com chance de liderar a chamada “nova esquerda” para enfrentar a centro-direita.

O PSOL passou para o segundo turno na maior cidade do país, São Paulo, com Guilherme Boulos, e liderou a votação em Belém, a segunda cidade mais populosa da região Norte, com Edimilson Rodrigues.

O PT não governa atualmente nenhuma das 100 maiores cidades e não conseguiu vencer em nenhum desses municípios no primeiro turno. Mas pode mudar o desempenho no segundo turno, quando disputará 15 das grandes cidades, incluindo as capitais Recife e Vitória.

Mesmo que façam uma reviravolta no segundo turno, os petistas estão longe do que já foram. Em 2008 o partido chegou a ter o comando de 25 cidades com 200 mil ou mais eleitores.

Centro direita - eleições 2020
| Fonte: TSE

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