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A chegada de 2018 marca os 70 anos da Declaração dos Direitos Humanos. Nessas sete décadas, houve avanços e retrocessos no caminho para a conquista plena dos direitos estabelecidos na “carta da humanidade”. Em praticamente todos os seus artigos ainda há muito que superar em busca de um mundo melhor.

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Entre os pontos que têm enfrentado barreiras quase instransponíveis está o artigo 2 da carta: “Todo ser humano tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie, seja de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra condição”.

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Esses direitos dizem respeito basicamente a um conceito fundamental para a caminhada da humanidade na construção de um mundo digno de todos: a diversidade.

Nos últimos anos houve ênfase – de certa maneira, justa – a apenas dois aspectos da diversidade. O termo passou a ser citado com maior frequência quando relacionado às questões biológicas e de sexo. Mas o conceito diversidade é muito mais amplo que isso.

A razão da existência da humanidade é a diversidade. O mundo fica mais pleno quando temos o diverso no conhecimento, na forma de pensar, nas expressões artísticas e culturais, nas manifestações sexuais, nos nossos relacionamentos, na biologia (biodiversidade), na política, nas organizações sociais, na economia.

Nos dias atuais crescem movimentos que tentam reduzir a diversidade em todos os campos da vida. São movimentos e pessoas contrários a formas diferentes de pensar e ver o mundo, que tentam impedir novas formas de organizações sociais, políticas e econômicas, desenvolvem projetos destruidores da biodiversidade, reforçam a discriminação étnica, encampam ações repressoras da diversidade sexual, não aceitam crenças diferentes da sua e que buscam impedir o direito de as pessoas se expressarem e de viverem a pluralidade.

Esses movimentos e pessoas que atuam contra a diversidade, por maior paradoxo que isso possa representar, só existem graças à diversidade. Sem esse conceito fundamental não existiria a pluralidade, o diferente. O problema é que eles, conscientes ou inconscientes, estão lutando por algo que, no fim da longa odisseia, pode levar à destruição deles próprios.

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