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páis em declínio - Ipsos
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Estudo realizado pelo Instituto Ipsos, terceira maior empresa de pesquisa e de inteligência de mercado do mundo, revela um quadro preocupante. Em média, 56% dos pesquisados concordam que a sociedade de seu país está quebrada e 57% estão de acordo que seu país está em declínio. O sentimento de declínio é maior no Brasil, onde 69% responderam que o país está em queda.

O percentual de pessoas que sentem o país em declínio no Brasil supera o do Chile (68%), da África do Sul (68%) e da Argentina (68%), todos países em desenvolvimento e que dividem o segundo lugar no ranking. Na outra ponta, em países como Alemanha, Canadá, Coreia do Sul e Austrália, o índice dos que sentem o país em declínio fica abaixo de 50%. Entre os australianos, a maioria discorda que o país está em queda

país em declínio

Na maioria dos países pesquisados prevalecem as percepções de um sistema político e econômico falido.

O Brasil também está entre os primeiros colocados quanto à sensação de sociedade quebrada, mas houve melhora nos últimos anos. Em 2021, 72% dos brasileiros pesquisados concordam que a sociedade está quebrada, contra 77% em 2017 e 78% em 2019. Na Coreia do Sul, a melhor colocada, somente 33% da população diz atualmente que a sociedade está quebrada.

Em média, nos países pesquisados, 71% concordam que a economia é manipulada para favorecer os mais ricos e poderosos e 68% acham que os partidos tradicionais e os políticos não se importam com as pessoas “como eu”. Os quatro países com os maiores níveis de insatisfação são todos na América Latina: Colômbia, Peru, Brasil e Chile.

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Pesquisa Ipsos perguntou se as pessoas sentem que a sociedade está quebrada (dados em inglês).| | Reprodução/Ipsos

O estudo revela ainda um alto sentimento anti-elite política e econômica. Em média, 81% concordam que os políticos sempre acabam encontrando maneiras de proteger seus privilégios e 72% dizem que a elite política e econômica não se preocupa com pessoas que trabalham duro. A "elite" é amplamente percebida em todo o mundo, segundo os pesquisadores, como um grupo conectado tomando decisões com base em seus próprios interesses e ignorando as necessidades dos outros.

Quando o tema é imigração, as pessoas estão mais divididas, segundo a pesquisa, mas há uma percepção majoritária de que, primeiro, se deve atender as necessidades dos nascidos no país. Para 57%, os empregadores devem favorecer os nacionais em relação aos imigrantes quando os empregos são escassos e 38% concordam que seu país seria mais forte se parasse a imigração (enquanto 33% discordam).

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