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Foto: Casa Branca
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Foto: Casa Branca

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A cena que mostra o impacto da bala explodindo o crânio de Kennedy, gravada inesperadamente por Abraham Zapruder, proprietário de uma confecção de roupas femininas, rodou mundo afora e continua sendo vista em todos os cantos do planeta. O empresário estava filmando a passagem do presidente pela Dealey Plaza com uma câmera Bell & Howeell Zoomatic Director Series, modelo 414 PD 8 mm, de última geração, comprada em 1962.

John Lennon, morto covardemente em 1980.

John Lennon, morto covardemente em 1980.

Dezessete anos depois, outro John, que não nasceu nos Estados Unidos, também se tornou vítima da estupidez. John Lennon foi assassinado à queima roupa quando retornava do estúdio de gravação junto com Yoko Ono, em Nova York, no dia 8 de dezembro de 1980. Coincidência ou não, era outono no Hemisfério Norte e o fundador dos Beatles tinha 40 anos. Estava determinado o fim biológico de um cara que fez belas canções e lutou por um mundo mais interessante para se viver.

Os Estados Unidos ficaram famosos no mundo com seus filmes de faroeste e seus caubóis atiradores. Também tiveram influência decisiva no planeta com suas guerras – a do Vietnã é a principal marca da violência do Tio Sam.

O tiro certeiro em Kennedy talvez tenha sido a representação mais fiel do que a sociedade americana construiu quando se refere à violência. A cultura da solução por meio da arma persiste até hoje – 50 anos depois – nos incessantes tiroteios em escolas, cinemas e supermercados, com loucos matando crianças, idosos, participantes de maratonas, amigos e até parentes.

Parece que existe um transe adormecido nas ruas, nas casas, nos edifícios e dentro de cada um americano. Tudo está bem e, do nada, surge um alucinado, um demente, paranóico, disparando contra todos e contra nada. Um ódio incontido que não escolhe quem odiar. Todos são motivos de ódio.

Não é nada comparado com a violência brasileira, onde se mata todos os dias mais pessoas do que em muitas guerras. É diferente a violência que corre nas veias da cultura norte-americana. É outra psiquê.

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Lucro na tragédia

Meio século se passou e a vida e morte de Kennedy rende muito para a indústria cultural e da informação mundo afora. Em todos os cantos do planeta se vende livros e mais livros sobre esse ícone da política estadunidense.
Reportagens mostram que nos EUA estão sendo lançados livros que sustentam a tese de complô e outros que culpam a máfia e o crime organizado. Há também autores que tentam provar que o tiro não era direcionado a Kennedy, que tudo não passou de um acidente.

Sobram motivos para tanta produção. Até hoje a morte de Kennedy não foi totalmente esclarecida.

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