O aplicativo de transporte individual em carros particulares Uber sofreu um revés nos tribunais da Grã-Bretanha. Nesta sexta-feira (10), a justiça britânica decidiu que a empresa deve considerar seus motoristas empregados, com direito a férias e um piso salarial.
A empresa americana, que diz ter 50 mil motoristas no Reino Unido, havia recorrido da primeira decisão de outubro de 2016, que determinava um piso salarial de £7,50 por hora (cerca de R$ 32,00) e férias remuneradas. Para uma jornada de 48 horas semanais, a remuneração mensal pode passar de R$ 6,5 mil por mês.
A direção da empresa já adiantou que vai recorrer. “A razão pela qual os motoristas escolhem a Uber é a liberdade de escolha de quando e onde trabalhar. Por isso, nós vamos recorrer novamente”, declarou Tom Elvidge, diretor-geral da Uber no Reino Unido.
Mas a batalha judicial promete não ser fácil para a Uber. “Continuaremos a ganhar, tenho confiança, estamos no lado direito da lei”, declarou um dos motoristas que entraram na justiça, Yaseen Aslam, em 2014. “A Uber não pode continuar a desafiar a lei britânica e privar as pessoas dos seus direitos ao salário mínimo “, disse outro autor da ação, James Farrar.
Os dois motoristas tiveram apoio jurídico do Sindicato dos Trabalhadores Independentes da Grã-Bretanha. O secretário-geral do sindicato, Jason Moyer-Lee, declarou em comunicado que a decisão deixa claro “que essas empresas estão simplesmente privando os trabalhadores dos seus direitos. São empresas que desprezam as leis do trabalho”.
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