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vacinação - Brasil
Coronavac é a única vacina contra Covid-19 disponível em solo brasileiro no momento.| Foto: Divulgação/Governo de São Paulo

A Anvisa fará reunião neste domingo (17) para decidir sobre liberação ou não das vacinas de Oxford/AstraZeneca e da Coronavac/Butantan, as quais serão distribuídas no país por Fiocruz e Butantan, respectivamente. Conforme decisões tomadas por autoridades de saúde de outros países, não há justificativa para atrasar ainda mais a vacinação emergencial no Brasil.

A Turquia iniciou na quinta-feira (14) o programa de vacinação em massa com a Coronavac. No primeiro dia foram imunizados 285 mil profissionais de saúde. A vacinação do pessoal de linha de frente no combate à Covid-19 na maior cidade do país, Istambul, com uma população de 16,5 milhões, foi concluída em dois dias. A meta é vacinar mais de 1 milhão de profissionais de saúde em todo o país, seguidos por adultos que vivem em lares de idosos.

A Indonésia começou a vacinação com Coronavac um dia antes da Turquia, na quarta-feira (13). Ao contrário de outros países, o país asiático decidiu primeiro inocular sua população ativa. O presidente Joko Widodo foi o primeiro a ser vacinado. A Indonésia tem uma população de 270 milhões de pessoas.

vacinação - Reino Unido
Reino Unido começou a aplicar a vacina de Oxford/Astrazeneca em 4 de janeiro.| Reprodução/Twitter/NHS

No caso da vacina de Oxford/AstraZeneca, o Reino Unido está vacinando sua população com o imunizante desde o dia 4 de janeiro. Inicialmente estão sendo aplicadas 530 mil doses e o governo comprou 100 milhões de doses.

Esses exemplos mostram que não há mais tempo a perder no Brasil. A Anvisa precisa liberar o uso emergencial dos dois imunizantes. Se autoridades de saúde de vários países, como citados acima, aprovaram o uso das vacinas Oxford/AstraZeneca e Coronavac, questões burocráticas ou políticas não devem impedir o Brasil de seguir o mesmo caminho.

Os dados sobre os dois imunizantes foram tornados públicos e aprovados pela comunidade científica de vários países. De acordo com o que foi apresentado aqui no Brasil e em outros países, são vacinas seguras e com eficácia dentro dos padrões da aceitabilidade.

Com a liberação da Anvisa, a responsabilidade recairá sobre os governos federal e estaduais. Ainda falta resolver a questão do fornecimento da vacina de Oxford fabricada na Índia.

Segundo o Itamaraty, o governo indiano demonstrou “boa vontade” em liberar a carga de 2 milhões de doses que o Brasil iria buscar nesta semana, mas teve o voo adiado. O governo indiano apontou “dificuldades logísticas”, considerando o momento em que o país começa a sua campanha de vacinação contra a covid-19 e há sensibilidade política interna.

Até o momento, a única vacina disponível é a Coronavac, graças ao acordo entre o estado de São Paulo e o laboratório chinês Sinovac. E é com esta que o Brasil tem que começar a vacinação, imediatamente após a Anvisa dar o aval. São Paulo tem, sim, direito à sua cota, mas o governo paulista deve entregar rapidamente o restante ao Ministério da Saúde.

Neste sábado (16), o governo de São Paulo anunciou que começará na segunda-feira (18) a entregar as doses da vacina do Butantan ao Ministério da Saúde. Cerca de 4,5 milhões de doses prontas para aplicação serão encaminhadas para um Centro de Distribuição e Logística do Ministério da Saúde, em Guarulhos.

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