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Depois de alguns dias longe daqui, voltamos no blog ao nosso “diário de bordo” da produção do curta-metragem O Vulto. Os últimos dias, de quinta-feira a domingo, foram intensos, mas já posso trazer uma boa notícia: o curta foi filmado, editado e já está finalizado. Ao menos a ideia não morreu na praia. Agora, se o filme ficou bom, já é outra história.

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O LANÇAMENTO SERÁ AQUI MESMO NO BLOG, NESTA QUARTA-FEIRA (7), ÀS 9H. 

Antes disso, publicarei mais dois posts detalhando como se deu o processo de filmagem e edição e os vários percalços envolvidos no meio do caminho — lembrando que, desde o início, a proposta era fazer um curta amador, sem a utilização de equipamentos profissionais, atores ou técnicos capacitados, justamente para que a experiência sirva de motivação ou referência para outros colegas que querem “brincar” de fazer cinema.

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Se você quer se inteirar do que rolou até então, basta dar uma olhada nos posts anteriores, onde falamos sobre roteiro, concepção visual e design de produção.

4. FILMAGEM

Isso fez com que o processo de filmagem, logicamente, fosse muito mais demorado e minucioso do que o normal. Na quinta-feira de feriado, trabalhamos durante seis horas e, no sábado, por mais três horas e meia. Tudo para reproduzir 13 cenas que estavam no roteiro. Nesse processo, o Ronan Turnes, nosso diretor de fotografia e responsável por operar a câmera, tirou exatamente 4.465 fotos — incluindo aí várias, claro, que não chegaram a ser incluídas no curta finalizado. Essa imensidão de imagens se transformou em um curta de 3 min e 34 seg.

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Voltando um pouco, vale destacar também dois procedimentos que ajudaram — e muito — na hora das filmagens. Primeiro, economizamos tempo pensando antecipadamente quais enquadramentos e movimentos de câmera poderíamos usar em cada cena, com base no que estava escrito no roteiro. Abaixo, por exemplo, seguem as anotações (em letras maiúsculas em vermelho) que o Ronan fez na descrição que eu havia escrito da primeira cena.

1.INT. QUARTO. NOITE

Escuridão total. De repente, ouvimos o som de uma campainha estridente – O TÍTULO APARECE AO SOM DA CAMPAINHA -, ainda em um volume baixo. A campainha toca pela segunda vez, – A IMAGEM ABRE COM A CÂMERA NO TETO, MOSTRANDO O RAPAZ DEITADO NA CAMA – agora mais alta. A câmera mostra o rosto do RAPAZ deitado na cama. Ao fundo, temos uma noção do quarto bagunçado, a porta aberta. Ele abre os olhos, confuso. Procura o celular ao lado da cama. – O ÂNGULO AGORA É UM MEIO CLOSE COM A CÂMERA AO LADO DA CAMA – Ele pega o aparelho, o liga e a luz ilumina seu rosto. Ele devolve o celular a mesa de cabeceira – CLOSE NA TELA DO CELULAR – O celular marca 3 e meia da manhã.

O Rapaz se levanta, está de camiseta branca e de bermuda, com o cabelo despenteado. Ele vai em direção à porta do quarto.

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O resultado final deste trabalho em equipe vocês conferem, então, na quarta-feira. Antes disso, nesta terça, publicarei um último post falando sobre aquela que é talvez a etapa mais tensa na hora de produzir um filme, seja longa ou curta-metragem: a edição, tanto de vídeo quanto de som.

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