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Nesta terça publico, finalmente, a última parte do nosso “diário de bordo” da produção de um curta-metragem amador, feito por cinco pessoas, em quatro dias e sem o apoio de equipamentos profissionais. O resultado desta empreitada foi o curta O Vulto, que vocês conferem nesta quarta-feira aqui no blog, às 9h.

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Como já comentei aqui, a intenção do projeto, que nasceu como um trabalho da disciplina de Direção de Cinema da pós-graduação em Cinema na Faculdade de Artes do Paraná (FAP), é estimular outros colegas a fazer seus próprios filmes, mesmo em condições adversas. Nos posts anteriores, comentei sobre várias etapas envolvidas na produção de um curta: roteiro, concepção visual, design de produção e filmagem. Agora, chegou a hora da…

5. EDIÇÃO

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Como, no nosso caso, estávamos lidando com fotografias, tínhamos que transformar ainda esses frames em cenas com movimento. Para explicar melhor, segue o passo a passo com os programas usados em cada momento:

1. Tratamento de imagens

Primeiro de tudo, tratamos as imagens no Lightroom, deixando-as em preto e branco e mexendo na granulação das fotos, para que elas aparecessem com uma textura diferente no vídeo. Como outros programas semelhantes, o Lightroom tem um comando básico, mas essencial, que permite multiplicar de forma automática os mesmos efeitos utilizados em determinada imagem em todas as demais. O Lightroom também foi usado para fazer cortes no topo ou no “pé” das imagens.

2. Fazendo retoques

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Nas poucas cenas em que o vulto aparece, utilizamos o Photoshop para tentar camuflar o rosto da pessoa que vestia o manto preto — opção que detalhamos no post sobre design de produção. A intenção foi tentar distanciar ao máximo esse personagem obscuro do visual de um ser humano. Este foi um passo feito às pressas, sem muito cuidado ou preocupação com o resultado final — até porque a nossa preocupação maior era finalizar o curta antes da tarde de domingo. Assim, em vez de fazer um trabalho minucioso apagando somente os olhos e a boca da pessoa que “interpretou” o vulto, apenas borramos o rosto. Se ficou minimamente adequado ou estranho demais, vocês dirão ao ver o curta.

3. Transformando as fotos em vídeo

Com as fotos já tratadas, usamos o QuickTime Player para transformar essa sequência de fotografias em imagens em movimento, deixando-as similares ao que é visto em um filme “normal”. Pelo programa, é possível escolher a velocidade com que a cena será transposta para a tela — no nosso caso, escolhemos 10 frames por segundo (um filme tem 24 frames por segundo). Ou seja, o espectador notará que a velocidade da cena não é a normal, o que também é proposital e se adequa à proposta do curta em termos de estética e conteúdo.

4. Edição de vídeo

A edição em si do vídeo foi toda feita no Adobe Premiere. Aqui, queira ou não, é necessário um conhecimento mínimo de edição e das ferramentas do programa, condições que o Ronan Turnes, nosso diretor de fotografia, felizmente cumpria. De qualquer maneira, pra facilitar e agilizar o trabalho, não utilizamos nenhum dos efeitos mais rebuscados do programa. Apenas colocamos as cenas em ordem na trilha e cortamos uma ou outra “gordura” para deixar os cortes mais fluídos. Para esse uso básico, o Premiere é bem intuitivo e, com um pouco de prática, já é possível trabalhar sem muita incomodação.

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5. Edição de som

Com os sons e as trilhas inseridas, estava enfim terminada a empreitada. Subimos o vídeo para o YouTube e, nesta quarta-feira, divulgaremos aqui no blog o resultado final. A produção do curta-metragem O Vulto foi antes de tudo uma grande brincadeira, mas também não deixou de ser um enorme aprendizado para todas as pessoas envolvidas. A principal conclusão disso tudo? Mesmo que o filme ainda soe amador e repleto de limitações, ele pode ser feito por qualquer pessoa com o mínimo de equipamento e o máximo de vontade, sem que seja necessário passar meses envolvido em um projeto.

E aqui, eu confesso: gostei mesmo da “brincadeira”. Agora é pensar no próximo curta. Tem alguma ideia de roteiro? Gostaria de participar de outro projeto do tipo? Deixe seu comentário e contato aqui no blog!

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