A reportagem da Folha de S. Paulo na qual uma fonte cita que a senadora Gleisi Hoffmann (PT) teria defendido o afastamento do ministro Antonio Palocci camufla uma mensagem cifrada. Por mais que a senadora tenha desmentido, fica a certeza de que alguém tentou queimar seu filme.
Sem fazer juízo de valor sobre a veracidade ou não da declaração, a fonte deve realmente existir. E ela só pode ser um dos presentes no encontro em que Gleisi supostamente defendeu o afastamento. Estavam na reunião (que ocorreu na semana passada) o restante da bancada petista no Senado, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e o ex-presidente Lula.
Tirando Lula e o próprio marido, ficam os colegas parlamentares. Difícil acreditar que existam motivos relevantes para atingir Gleisi. Talvez apenas ciúmes pelo destaque meteórico da paranaense como senadora, mas nada proporcional ao estrago provocado pelo vazamento da informação.
O mais provável é que o alvo não seja Gleisi, mas Paulo Bernardo. O ministro é, por enquanto, o mais cotado para substituir Antonio Palocci – caso ele tenha mesmo de deixar o cargo.
Enquanto a situação não se resolve, o tiroteio aumenta. Assim como o receio de receber mais fogo amigo.
***
Siga o Conexão Brasília no Twitter!
-
Afastar garantias individuais em decisões sigilosas é próprio de regimes autoritários
-
Censura clandestina praticada pelo TSE, se confirmada, é motivo para impeachment
-
“Ações censórias e abusivas da Suprema Corte devem chegar ao conhecimento da sociedade”, defendem especialistas
-
Brasil e Argentina: como andam as relações entre os dois países?
Brasil e Argentina: como andam as relações entre os dois países?
Ampliação de energia é o maior atrativo da privatização da Emae, avalia governo Tarcísio
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Deixe sua opinião