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Aliados de sempre, o governador Beto Richa (PSDB) e o prefeito Luciano Ducci (PSB) visitam Brasília hoje para buscar recursos da União – e fazer política, obviamente. Não poderiam ter escolhido data pior. Na capital, respira-se, come-se e bebe-se a votação do salário mínimo.

Beto há tempos tenta uma audiência com a presidente Dilma Rousseff (PT), que está com a agenda oficial lotada e de guarda por causa do mínimo. Às 14h30, tem audiência com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, para tratar da Ferroeste.

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Já Ducci participa de evento sobre o PAC da Mobilidade e encontra-se com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Voltará a falar sobre verbas para o metrô de Curitiba, entre outros assuntos. Menos de uma semana depois do corte de R$ 50 bilhões nas contas do governo federal anunciado pela própria Miriam, dá até para imaginar a resposta.

Há aspectos subliminares nas duas viagens. Se Beto, por exemplo, for ao Congresso, será um reforço simbólico à proposta de um mínimo de R$ 600 – bandeira de José Serra na campanha presidencial. Vai posicionar-se, pela primeira vez desde que venceu a eleição, como uma liderança nacional tucana.

Já Ducci pediu para ser acompanhado da senadora Gleisi Hoffmann (PT). Aos trancos com o PSDB nas costuras pela disputa à reeleição municipal, é um sinal de que, caso preterido, ele pode usar a saída à esquerda e reproduzir a aliança nacional com os petistas. Na mesma linha, o prefeito mantém conversas com o PMDB.

Em resumo, as duas viagens são altamente políticas. Resta saber se alguém vai se dedicar a questões paranaenses com o ambiente tão intoxicado pelas discussões do salário mínimo.

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