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Crédito: André Rodrigues
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Crédito: André Rodrigues

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Engana-se quem pensa que os debates eleitorais são só uma baboseira engessada pelos marqueteiros, incapaz de definir alguma coisa. No geral, eles servem para “cristalizar” os votos – ou seja, para você firmar a decisão de votar neste ou naquele. E em disputas acirradas, os debates às vésperas da eleição podem repercutir sim nas urnas.

Acontece que o eleitor vê a discussão (e, principalmente, a repercussão dela nos dias seguintes) à caça de um perdedor. Ele quer é saber se alguém se atrapalhou medonhamente. Se o seu candidato foi lá e teve um papel meia-boca, sempre há o desconto de que pode ter sido uma noite ruim.

Ontem, na RPC TV, a única coisa que poderia mudar o rumo das eleições seria um deslize do líder nas pesquisas, Beto Richa (PSDB). Com 47% das intenções de voto na última pesquisa Ibope, ele está muito próximo de vencer no primeiro turno – Roberto Requião (PMDB) tem 28% e Gleisi Hoffmann (PT), 9%.

Richa foi bombardeado pelos dois adversários. Respondeu ataques com mais ataques. Chamou Requião de “mitômano” (mentiroso compulsivo) e falou que Gleisi e os petistas gostavam de se “apropriar de dinheiro público”. Talvez tenha se enrolado mais em um surpreendente confronto com Geonísio Marinho (PRTB), que perguntou sobre as investigações contra ele por suspeitas de funcionários-fantasmas em seu antigo gabinete de deputado estadual.

Richa não foi um primor, mas também não foi necessariamente muito pior que qualquer outro candidato. Cumpriu tabela e, agora, só alguma outra reviravolta de última hora deve prejudicá-lo. E ela ainda é possível, mesmo sem a cascata da bala de prata de Requião.

Metodologia
Ibope/RPCTV, realizada entre os dias 26 e 28/09/2014. Registro nº: PR-00042/2014. Amostra: 1.204. Margem de erro: +-3 pontos percentuais.

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