Acuado pela denúncia de que haveria cobrado US$ 5 milhões em propina desviada da Petrobras, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) prometeu ligar hoje o botão que dispara a “guerra total” entre o PMDB (logo, a Câmara dos Deputados) e o governo Dilma Rousseff. A promessa é de anunciar uma retirada oficial da ala ligada a ele da base aliada.
Na prática, Cunha já jogou contra o governo ao longo de todo primeiro semestre legislativo. Mas ainda havia uma conexão tênue com o Planalto que propiciou, por exemplo, a votação de quase todo pacote de propostas do ajuste fiscal.
Agora, no entanto, seria guerra de verdade. A começar por uma revisão da análise dos pedidos de impeachment contra Dilma sobre feitos no mandato passado. Até agora, ele vinha respeitando a Constituição e dizendo que não era possível. Nos bastidores da Câmara, a nova conversa é sobre a “encomenda” de vários pareceres de juristas para reabrir a questão.
Como o próprio Cunha vem repetindo: guerra é guerra. Mas quem toma bomba, claro, é quem vê a crise econômica se agravar em função da instabilidade política. Ou seja, todo o Brasil distante do círculo de egos da Esplanada.
-
Evento com Lula e Boulos não cumpriu requisitos para liberação de verbas via Lei Rouanet
-
Paralisação no Ibama reduz emissão de licenças e afeta mais de 40 grandes obras em 4 meses
-
Fernando Haddad: os desgastes e desafios do ministro da Fazenda
-
Governo adia “Enem dos Concursos” em todo o país após chuvas no RS
Defesa do X critica brasileiros censurados por Moraes e destoa do apoio de Musk
Oposição busca institucionalizar denúncias do Twitter Files Brasil no Legislativo
Jogo duplo com governo e oposição desgasta Pacheco e pode arriscar seu futuro político
30 anos da Agrishow: como evento virou gigante e palco político do agro
Deixe sua opinião