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É fácil de entender a premissa da presidente Dilma Rousseff ao propor a realização de uma constituinte exclusiva para a reforma política. Os caciques do Congresso Nacional que controlam o atual modelo político nunca fizeram e não vão fazer leis que possam prejudicar suas carreiras.

A questão é que, institucionalmente, a proposta pega mal. É como dizer: como vocês não legislam direito, vamos colocar gente que presta durante um tempo para fazer esse negócio andar. Acaba sendo ofensivo, embora a lógica seja inquestionável e o retrospecto não seja favorável a deputados e senadores.

Por outro lado, e se os congressistas propusessem o seguinte plebiscito: queremos colocar um grupo de deputados administrando a saúde pública por algum tempo porque o Poder Executivo não faz nada direito nessa área. Também é válido?

Se a moda pega mesmo, também vai ter senador querendo ocupar por um tempinho as atribuições de ministro do Supremo Tribunal Federal. Claro, tudo pela vontade da plebe, ou seja, pelo plebiscito.

Cortando a parte engraçada, Dilma está certa em cutucar o Congresso. Agora, se for para agir com dignidade, os parlamentares também deveriam exigir excelência nas ações do Executivo.

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