Dilma e Serra são do “bem”. Mas quem afinal é do “mal”?

Recomeçou a peleja pela Presidência da República na televisão. O pior: ambos os candidatos continuam inebriados pela questão ético-religiosa.

Dilma Rousseff (PT) abriu o espaço “agradecendo a Deus” pelos votos que a fizeram chegar no segundo turno. Lula, sempre ele, voltou a defender a pupila, dizendo que ela está sendo vítima da mesma campanha que tentou derrubá-lo no passado.

José Serra (PSDB) surfou na suposta onda contra a descriminalização do aborto. Bateu na tese de que ele não muda de opinião em tempos de eleição – ataque explícito à ambiguidade da adversária sobre o tema.

Dilma também lançou a “corrente do bem” para rebater os malvados que a perseguem na internet. Já o tucano apresentou o jingle “O Serra é do bem” para também diferenciar-se dos malvados.

Se continuar assim, com tanta bondade de lado a lado, o segundo turno será um mero jogo à procura de um vilão.

Haja paciência.