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A popularidade da presidente Dilma Rousseff pode não estar lá essas coisas após os protestos de junho, mas o otimismo dela continua em alta. Ontem, ela participou em Salvador de mais um dos seminários do PT em celebração aos dez anos do partido no governo federal (igual àquele que aconteceu em Pinhais no mês passado) e apresentou uma visão triunfalista sobre o futuro político da legenda.

“Nossa estratégia de desenvolvimento exige mais. Isso é o que nos diferencia. Por isso devemos ter certeza de que 10 anos virão”, disse Dilma.

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Como o Brasil das últimas semanas transformou-se em uma caixinha de surpresas, é difícil alguém falar em “certeza” tão abertamente. O fato é que tudo continua obscuro. E que nessa obscuridade é difícil apostar em uma queda do PT.

A autodefinição de Lula de que é uma “metamorfose ambulante” também vale para os petistas em geral. O partido já demonstrou diversas vezes uma capacidade imensa de superar adversidades, de se reinventar.

Foi assim após o mensalão, em 2005, quando Lula sacou José Dirceu do Planalto e inventou Dilma na Casa Civil. Foi assim na faxina ministerial da presidente em 2011 e 2012. Por que não pode ser agora?

Dilma talvez tenha exagerado pelo momento da declaração, mas não necessariamente pelo conteúdo. O PT era e continua sendo o partido mais duro na queda do país.

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