Quando concorreu à Presidência pela primeira vez, em 2010, Marina Silva era uma alternativa “café-com-leite”. Simbolizava o desgosto com a política tradicional e a polarização entre PT e PSDB. Fez um quinto dos votos válidos, mas isso não quer dizer que todo esse contingente realmente acreditava que ela fosse ganhar.
Duvido que a própria Marina tenha achado em algum momento que pudesse vencer.
Nada contra esse perfil de candidatos. Eles são fundamentais para a qualificação do debate. Marina, em si, foi e continua sendo fundamental.
Em 2014, no entanto, tudo indica que ela tem realmente chance de chegar ao Planalto. Está diante de uma oportunidade única, mas precisa concluir uma trajetória tortuosa que começou em uma tragédia. Também duvido que ela goste de estar nesta situação.
Honrar o legado de Eduardo Campos é uma coisa, colocar a faixa de presidente é outra. Não é nem uma questão de preparo – Dilma Rousseff nunca havia sido eleita para nada, nunca teve o menor traquejo político, e aí está. Mas será que ela realmente quer ser presidente? Ou melhor, ela quer ser presidente nas atuais circunstâncias?
Anote aí: essa é uma questão que vai martelar não apenas a cabeça dela, mas de quase todo eleitor brasileiro.
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