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Adoro o assunto “Viagem”. Se for para a França então, tem muito de mim, do que gosto, do que sou. A França é um lugar à parte para os aficcionados por comida. É o berço da gastronomia, palco de grandes Chefs e inspiração para o resto do mundo. Por mais que venham modismos, cozinhas de diversos paises em voga e tantas outras novidades, a França sempre será a maior referência para qualquer Chef e amante da gastronomia.

Para mim, viajar remete imediatamente à criatividade, pois os momentos de férias são os que relamente consigo criar. Ando com um bloquinho (à moda antiga mesmo!) e vou escrevendo o que manda a minha imaginação. Acredito que é por que nos desligamos da rotina, da tecnologia e passamos a experimentar o diferente e com isso damos espaço para a pausa, para a mente criativa, para o novo.

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Quando viajo, gosto de experimentar restaurantes de Chefs que admiro, mas também costumo tentar achar pequenos restaurantes, cozinhas descomprometidas, mas com alma. Claro que já caí em algumas armadilhas, pois é quase humanamente impossível isso não acontecer. Até porque o que é bom para mim, pode ser ruim para você. Paladar é como arte: muito pessoal. Mas para ajudar a diminuir a margem de erro, nada como confiar em um guia respeitadíssimo como o Guia Michelin.

Impresso com o máximo de segredo e com tiragem desconhecida, este guia é o mais respeitado do mundo e premia os melhores restaurantes, classificando-os com estrelas (de 1 a 3) que representam o sonho ou pesadelo de qualquer Chef. Ganhar uma estrela Michelin significa a ascensão do restaurante e de seus Chefs, enquanto que perder uma delas pode levar até a uma tragédia como a do Chef Bernard Loiseau, que se suicidou em fevereiro de 2003 com um tiro na cabeça aos 52 anos, desesperado com o rumor de que seu estabelecimento perderia a classificação de “três estrelas” no Guia Michelin. Exageros e descontroles à parte, esta é a seriedade e alguns Chefs franceses em relação à sua comida…

O lendário Guia Michelin foi publicado pela primeira vez em 1900 por André Michelin e seu irmão Edouard, fundadores da Compagnie Générale des Établissements Michelin, a famosa empresa fabricante de pneus. A primeira edição do Guia tinha foco meramente publicitário, motivado pela Exposição Universal de 1900. Nessa época o Guia Michelin era um brinde que os clientes recebiam na compra dos pneus Michelin. Na virada do século XX, a França contava com pouco mais de 2.400 motoristas, para os quais o guia trazia informações como endereços de oficinas, postos de gasolina, farmácias, médicos, mapas e curiosidades.

Até 1908 o guia servia principalmente para a divulgação de hotéis e oficinas mecânicas. No ano seguinte, a Michelin optou pela supressão total da publicidade paga no Guia, visando tornar-se mais independente e conquistar maior credibilidade de seus leitores. Foi só a partir de 1920 que o Guia deixou de ser oferecido como brinde e passou a ser vendido. Foi então que surgiu a avaliação de restaurantes, realizada por criteriosos inspetores anônimos da Michelin.

Editado em 22 países, o ‘Guide Rouge’ da Michelin já vendeu mais de 30 milhões de exemplares desde sua criação. Seja pela qualidade ou pela quantidade exemplares vendidos, é uma publicação de enorme respeito.

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Então para suas próximas férias, compre um guia Michelin e se entregue a um dos sete pecados capitais, diminuindo suas chances de errar!

 

 

 

 

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