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O anúncio do fim do autointitulado "consórcio de imprensa", formado por grandes emissoras de rádio e TV e alguns dos maiores jornais do Brasil no começo da pandemia para contestar números oficiais do ministério da Saúde, pode ter passado despercebido. Mas temos, enfim, uma boa notícia em 2023.

Nesta segunda (30) o programa Segunda Opinião parte da informação trazida pelos veículos que formavam o tal "consórcio de imprensa para analisar, de forma mais ampla, a necessidade urgente do resgate do bom jornalismo, da liberdade de expressão e de imprensa.

"Consórcio de imprensa"

Ao longo dos quase três anos em que alguns dos maiores e mais antigos veículos de comunicação do país trabalharam em conjunto, foi ficando clara para o público a nova forma de se fazer jornalismo nessas empresas.

Da repetição de manchetes ao destaque curiosamente igual dado a determinadas notícias, da deturpação à omissão de fatos, de repente, não parecia mais haver concorrência e, sequer, busca pelo furo de reportagem, que sempre moveu o verdadeiro jornalismo.

Narrativas e mais narrativas foram construídas, não apenas acerca de fatos da pandemia, mas especialmente dos fatos políticos. Com o uso exagerado de adjetivação (os mesmos adjetivos, em todos os veículos do consórcio), houve um esforço em uníssiono para desumanizar pessoas e derrubar um governo.

Até o silêncio dessa imprensa diante de reiterados ataques à liberdade de expressão e à própria liberdade de imprensa, por parte de um Judiciário aparelhado nos anos de governos petistas, parecia combinado.

O consórcio não reclamava da censura, aplaudia as perseguições contra quem não seguisse a cartilha do sistema ou ousasse questionar as manobras para devolver direitos políticos a um criminoso condenado.

Teremos de volta Jornalismo de verdade?

Com o fim da pandemia e a troca de governo, parece que todos os objetivos do consórcio de imprensa foram atingidos e não haveria mais mesmo necessidade de seguirem adotando extamente as mesmas pautas e palavras, mas muitas dúvidas ficam no ar.

Seria o fim das manchetes combinadas, dos títulos repetitivos, da adjetivação no jornalismo, da omissão ou descontextualização de fatos, da construção de narrativas?

Ou o fim do consórcio seria apenas o sinal de uma ruptura ideológica entre veículos de imprensa que se uniram para derrubar um governo, esqueceram da audiência, se perderam no meio do caminho e agora precisam encontrar de novo a bússola? Há esperanças?

Qual a importância da liberdade de imprensa, da livre concorrência entre os veículos e da incessante busca pela verdade, ou seja, do jornalismo independente? Quem ganha e quem perde com a militância de redação?

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