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Defesa da democracia é o norte do momento no Brasil. Centenas de milhares de pessoas estão nas ruas de todo o país, desde que foi proclamado o resultado apertado do 2º turno das eleições dando vitória a um candidato que muitos sequer aceitavam na disputa.

Pede-se transparência na forma como foram contados os votos e, se preciso for, uma posição das Forças Armadas, já que seus representantes foram convidados a participar de uma Comissão de Transparência das Eleições e ainda não se pronunciaram.

Não bastasse todas as dúvidas legítimas de parte significativa do eleitorado, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, que já havia determinado censura prévia a veículos de imprensa durante a campanha, passou a censurar também quem ousasse questionar o resultado das eleições.

Aparentemente, este foi o código para despertar mais e mais pessoas não apenas para exigir transparência na contagem dos votos, mas para defender a democracia.

Nos útlimos dias o presidente do TSE classificou de criminosas as manifestações pacíficas e ainda ameaçou não apenas censurar, mas também prender os críticos do processo eleitoral. A questão é que são milhares. Centenas de milhares, pelo que mostram as imagens viralizadas na internet.

É visível o aumento na adesão aos protestos, dia após dia em todas as regiões do país, inclusive no Nordeste que, segundo o TSE, devia estar feliz na proporção aproximada de 70% a 20%, celebrando a vitória de seu candidato de preferência nas urnas. Só que o Nordeste não está celebrando e sim, protestando também.

Defesa da democracia

Não é só o TSE que se opõe e desafia os manifestantes. As manifestações pró-democracia estão sendo chamadas de antidemocráticas por líderes políticos da esquerda, que sempre estimularam protestos de rua, e pela parcela da imprensa que prefere fingir não ver o descontentamento no país.

Políticos, autoridades e ministros de cortes superiores deveriam conhecer e defender a Constituição brasileira. Está escrito no artigo 1º parágrafo único da Constituição de 1988 que "todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição".

E, no artigo 220, que "é livre a manifestação do pensamento, criação, expressão e informação, não permitida qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística".

Se o TSE censura quem questiona o resultado das eleições, acusa os manifestantes de criminosos e as manifestações, de atos antidemocráticos e se parte dos políticos e da imprensa aplaudem a postura do TSE, é o caso de nos perguntarmos: quem defende e quem ataca a democracia, afinal?

Vamos ao debate, enquanto ainda é permitido. O programa Segunda Opinião desta segunda (7) fala das manifestações pós-2º turno das eleições 2022 e, especialmente, de defesa da democracia. Assista clicando no play da imagem que ilustra esta página.

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