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Único paranaense na Executiva Nacional do PMDB, o deputado federal João Arruda integra o grupo do partido que, mesmo criticando a gestão Dilma e em especial o ajuste fiscal proposto pelo governo federal no ano passado, aponta incoerências no desembarque da sigla. Uma delas é o fato de o rompimento não provocar o afastamento de Michel Temer, que ocupa a cadeira na vice-presidência da República justamente em função da aliança com o PT. Assim, Temer garante o comando do Executivo em um eventual impeachment da presidente Dilma. “Soa oportunismo. O PMDB deveria se preocupar com isso, com a imagem do partido”, afirma Arruda.

Apesar disso, o PMDB do Paraná, pondera Arruda, não pretende “dar murro em ponta de faca”. “Inclusive porque o PMDB do Paraná já não embarcou, não temos ministros indicados, votamos contra propostas do ajuste fiscal. Não houve embarque”, reconhece ele, que é sobrinho do senador Roberto Requião, presidente do PMDB no Paraná. Requião não deve aparecer na reunião do Diretório Nacional do partido, prevista para começar nos próximos minutos, e quando a ruptura com o PT deverá ser aprovada por aclamação.

Ao ser questionado sobre qual impacto o fim da aliança teria no processo de impeachment, Arruda reconhece que há um “efeito moral” na bancada do PMDB, mas que não acredita em uma mudança significativa de votos. Pelos cálculos do parlamentar, de 20 a 30 deputados federais da sua bancada devem permanecer contra o impeachment, mesmo após a decisão desta terça-feira (29). “Nós não estamos indo para a bancada da oposição. Nós vamos declarar independência, o que significa que cada deputado votará como quiser”, afirma ele.

 

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