A decisão do PMDB de romper com o governo federal petista entrou em praticamente todos os discursos feitos durante a sessão solene de homenagem aos 50 anos do partido, realizada nesta quarta-feira (30) na Câmara dos Deputados. Parlamentares do PSDB, PPS e DEM, siglas que trabalham pelo impeachment da presidente Dilma, também foram ao microfone. O PMDB foi lembrado pela oposição como um partido que historicamente “aglutinou forças” e que “sempre quando é chamado, se diz presente”.
“No período militar brasileiro, o MDB nasceu para representar as oposições, em contraponto à Arena, numa tentativa de copiar o modelo bipartidário americano. Coube ao MDB velho de guerra aglutinar todas as oposições do Brasil, aqueles que lutavam democraticamente na política”, destacou o deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR). “PMDB tem muita proximidade com o PSDB. Somos sociais democratas, o que se busca nesse momento da vida brasileira”, continuou o parlamentar.
Um dos mais aguerridos defensores do impeachment, Hauly disse ainda que um “novo governo” começa a partir de 20 de abril e que o PMDB precisa agir com responsabilidade, “fazendo reformas profundas no sistema tributário, previdenciário, trabalhista”.
Também da bancada do Paraná, o líder do PPS, Rubens Bueno, afirmou que o PMDB “esteve em todos os grandes momentos da vida nacional”. “Nosso PMDB de ontem acompanha aquele PMDB de 1992, quando aqui votamos um processo de impeachment”, disse o pepessista, em referência à decisão do Diretório Nacional do PMDB, de desembarque do governo Dilma.
O deputado federal Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ) disse que o PMDB, às vésperas do seu aniversário de 50 anos, “chegou à maturidade” ao se distanciar “do desgoverno petista que está aí há 13 anos”. O PMDB, afirmou Cavalcante, sempre manteve equilíbrio, mas, “quando vê necessidade de exercer um galope para abraçar-se com a história da democracia, nunca se furtou”. “O PMDB tem uma missão importante para com a Nação. Que ele esteja atento, afinado com a voz das ruas”, concluiu ele.
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