Senador eleito pelo Paraná no último domingo (7), o Professor Oriovisto Guimarães (PODE) registrou uma receita total de R$ 3.316.000,00 para fazer sua campanha eleitoral. O valor ficou perto do limite estabelecido previamente para cada candidato que fosse disputar uma cadeira de senador pelo Paraná, até R$ 3,5 milhões.
A despeito da arrecadação, o valor das despesas do candidato não ultrapassou nem R$ 1,5 milhão: ele informou ter gasto R$ 1.315.403,05. Os números, contudo, ainda podem mudar, já que a prestação de contas final dos candidatos deve ser apresentada até o próximo dia 6.
Fundador do Grupo Positivo e dono de um patrimônio de quase R$ 240 milhões, Oriovisto não recebeu dinheiro do partido político, o Podemos (PODE). Do total de R$ 3.316.000,00 arrecadados para sua campanha eleitoral, a maior parte foi tirada do próprio bolso, R$ 3.250.000,00. O restante da receita vem de seis doadores (pessoas físicas).
Dinheiro a aliados
Além do dinheiro investido na própria campanha eleitoral, Oriovisto também fez doações a outros candidatos inscritos no pleito. Ele gastou mais de R$ 2 milhões com 14 aliados.
O principal beneficiado, com R$ 1.750.000,00, foi o senador Alvaro Dias (PODE-PR), que disputou a presidência da República, mas acabou derrotado.
Oriovisto também ajudou as campanhas eleitorais de seis candidatos a deputado federal e de sete candidatos a deputado estadual: Ney Leprevost (PSD), que ganhou R$ 100 mil; Rubens Bueno (PPS), R$ 30 mil; Alexandre Curi (PSB), R$ 30 mil; Irineu Rodrigues (PRB), R$ 30 mil; Marcio Nunes (PSD), R$ 29 mil; Sandro Alex (PSD), R$ 25 mil; Cantora Mara Lima (PSC), R$ 25 mil; Claudio Palozi (PSC), R$ 20 mil; Cobra Repórter (PSD), R$ 20 mil; Tercílio Turini (PPS), R$ 20 mil; Wanderlei Dedeco (PODE), R$ 9 mil; Ratinho (PV), R$ 5 mil; e Gilson de Souza (PSC), R$ 5 mil.
Flávio Arns
Nas urnas, Oriovisto recebeu quase 3 milhões de votos (2.957.239 votos), mais do que Flávio Arns (REDE), que conquistou a segunda vaga do Paraná no Senado. Arns fez 2.331.740 votos. Mas o candidato da REDE também gastou menos na campanha eleitoral: números parciais revelam que ele arrecadou um total de R$ 295.118,00, e gastou R$ 236.274,23.
O maior financiador da campanha de Arns foi o próprio eleitorado: 171 pessoas físicas transferiram R$ 152.993,00 ao candidato. Seu partido político, a Rede Sustentabilidade (REDE), também colaborou. A direção nacional da sigla injetou R$ 140 mil da sua cota do Fundão Eleitoral na campanha do filiado paranaense. O comando estadual da legenda tirou R$ 625,00 do seu Fundo Partidário para pagar honorários advocatícios da campanha do candidato.
Com patrimônio de pouco mais de R$ 1 milhão, Flávio Arns também registrou uma “autodoação” estimada em R$ 1.500,00. O valor se refere ao uso de um imóvel em Curitiba, de sua propriedade, transformado em comitê de campanha.
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